
Dicas de Estética
Pele no inverno: o que muda fisiologicamente e como ajustar protocolos com inteligência
No inverno, a pele muda, e seus protocolos também devem mudar. Aprenda como tratar com estratégia, ativos inteligentes e diagnósticos mais precisos.

Ingridy Sousa
Atualizado há 13 horas • 3 min de leitura
O inverno é um convite à regeneração cutânea. Menor incidência solar, queda na oleosidade e menor suor criam um ambiente favorável para procedimentos mais intensivos. No entanto, essa mesma estação impõe desafios fisiológicos que comprometem a integridade da pele se não forem devidamente observados.
Neste artigo, vamos além do básico. Vamos entender o que muda na pele durante o inverno do ponto de vista fisiológico, como ajustar os protocolos em cabine com mais precisão, e como interpretar os sinais clínicos para propor uma jornada estética que respeite a real necessidade da pele, e não apenas a estação do ano.
Entendendo o comportamento da pele no inverno: mais do que ressecamento
A queda da temperatura e da umidade do ar desencadeia uma adaptação metabólica e funcional da pele. Essa adaptação, se não for compreendida, pode levar a erros estratégicos em protocolos estéticos.
Alterações fisiológicas típicas do inverno:
- Diminuição da secreção sebácea: a pele reduz naturalmente a produção de lipídios, comprometendo a integridade do manto hidrolipídico e aumentando a TEWL (perda de água transepidérmica).
- Redução da microcirculação periférica: há menor aporte de oxigênio e nutrientes à epiderme, prejudicando a vitalidade celular e deixando a pele com aspecto opaco e sem viço.
- Disbiose cutânea: a barreira fragilizada permite alterações na microbiota da pele, abrindo espaço para inflamações de baixo grau, reatividade e descamação.
- Diminuição da renovação celular: embora a regeneração esteja em curso, a menor vascularização e a menor atividade glandular fazem com que o turnover celular desacelere.
Em resumo: a pele fica mais fina, menos protegida, menos hidratada e menos nutrida.
Como ajustar a conduta estética no inverno
Saber que o inverno favorece a execução de protocolos mais intensivos não significa que toda pele está apta a recebê-los. O segredo está em avaliar o ponto de partida de cada pele — e adaptar as etapas do protocolo de forma inteligente.
1. Diagnóstico diferencial: pele seca ou pele desidratada?
No inverno, muitas peles que apresentam textura áspera e aparência opaca não estão necessariamente secas, mas desidratadas e com barreira danificada. A hidratação isolada pode falhar se não vier acompanhada da reparação lipídica e da restauração da microbiota.
Conduta recomendada:
- Investigue sinais de comprometimento da função barreira (ardência, sensibilidade, repuxamento);
- Avalie o uso prévio de ácidos e outros procedimentos no último mês;
- Comece o protocolo reequilibrando a barreira antes de pensar em peeling ou microagulhamento.
2. Priorização de ativos biomiméticos
A estação exige ativos que dialoguem com a fisiologia da pele, não apenas com seus sintomas. Em vez de investir apenas em oclusivos ou hidratantes clássicos, priorize formulações com:
- Ceramidas e esqualano vegetal: restauram a estrutura lipídica da epiderme;
- Ácido hialurônico de baixo peso molecular: hidrata em profundidade sem ocluir;
- Niacinamida: atua como regulador imunológico e antioxidante;
- Peptídeos biomiméticos: sinalizam regeneração sem inflamar;
- Pós-bióticos e prebióticos: modulam a microbiota, especialmente após procedimentos.
3. Peelings no inverno: sim, mas com estratégia
O inverno é a estação ideal para peelings químicos, desde que a pele esteja preparada. Procedimentos mal indicados em peles desidratadas ou com disbiose podem resultar em hipersensibilidade e rebote inflamatório.
O que observar antes de um peeling:
- Presença de vermelhidão persistente (indício de barreira fragilizada);
- Uso domiciliar de ácidos sem acompanhamento;
- Sensação de queimação com produtos básicos (limpadores, tônicos).
Conduta inteligente:
- Substitua o ácido glicólico por mandélico, lático ou ferúlico em peles reativas;
- Associe peelings a máscaras calmantes e LED azul pós-procedimento;
- Crie protocolos com ciclos curtos de reequilíbrio + renovação gradual.
4. Uso do LED e eletroterapia como aliados no inverno
No inverno, a pele responde melhor a estímulos moduladores do que a estímulos puramente agressivos. A fototerapia e as eletroterapias são recursos valiosos para tratar sem fragilizar.
Indicações em alta:
- LED âmbar ou vermelho: estimula a regeneração e combate o aspecto opaco da pele;
- Radiofrequência monopolar com controle térmico: melhora tônus sem riscos de sensibilização;
- Microcorrentes: favorecem a oxigenação e a permeação de ativos biomiméticos.
5. Rituais de cuidado domiciliar: reforço técnico
No inverno, o cuidado domiciliar deve ser estratégico. Ensine o cliente que hidratar não é apenas aplicar creme espesso, mas sim nutrir a pele com ativos funcionais, em camadas, com ordem e intenção.
Sugestão de rotina técnica para home care:
Rotina da manhã:
- Limpeza suave com Hialux Sabonete Clareador
- Preparação com Marezi Nano Loção Tônica Remineralizante
- Sérum altamente hidratante com ácido hialurônico como o Hialux Sérum Preenchedor
- Proteção solar com ação antioxidante com Hidrasol FPS 30 Fotoprotetor Facial
Rotina da noite:
- Limpeza suave Marezi Nano Sabonete Hidratante
- Preparação com tônico Marezi Nano Loção Tônica Remineralizante
- Finalização com Resilience Sérum Multirreparador Calmante
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